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A Tradição Amazónica de Perseguir e Ralar o Fruto da Castanha
Descubra como o conhecimento antigo é utilizado para colher o fruto da Castanha.
- By Natura Team
O conhecimento antigo ainda é utilizado para colher castanhas da natureza.
Todos os anos, em março, um grande número de residentes de uma comunidade local no sul do Amapá, Brasil, viaja pelo rio São Francisco do Iratapuru em direção à Reserva de Desenvolvimento Sustentável, um dos maiores maciços de castanha na Amazônia Oriental.
Lá, passam até três meses no meio da floresta a coletar o fruto das castanheiras espalhadas pela floresta. Conhecidos como ouriços, é necessário quebrá-los para extrair as castanhas que cada um guarda dentro, e essa é a principal fonte de rendimento para esta comunidade local.
No passado, a região não era apenas um local de trabalho para os extrativistas, mas também o lar de várias famílias. Sem fácil acesso às cidades e ao comércio, e com poucos recursos financeiros, as fontes de alimento também eram limitadas, e uma elaborada cultura alimentar baseada em castanhas foi desenvolvida então.
Ao contrário do resto do Brasil, esta comunidade aprendeu não apenas a consumir a noz do fruto, mas também a aproveitar todo o seu potencial. Descobriram, dentro dos ouriços, a principal matéria-prima para uma variedade de pratos e, independentemente da receita, uma força nutricional comum: o leite de castanha.
O conhecimento tradicional mudou a vida desta comunidade.
No passado, a produção de leite era considerada uma atividade feminina. Após a colheita das castanhas, as mulheres descascavam-nas uma a uma, ainda cruas, com o machete. Limpa e crocante, eram deixadas de molho. O próximo passo era ralar o fruto carnudo que restava.
Enquanto se ralava, a castanha começou a transformar-se numa massa branca oleosa, que foi macerada até que, de um lado, houvesse o leite da castanha e, do outro lado, uma massa seca que as mulheres antigas nomeavam de “torta”. Esta massa seca era utilizada para produzir farinha, usada para assar doces, bolachas e bolos. Algumas pessoas simplesmente adicionavam açúcar à “torta” e assavam no forno para obter uma deliciosa bolacha dourada.
O leite de castanha também era utilizado para assar doces, mingaus, petiscos ou até pratos mais elaborados, como o “marronzinho”, um prato típico da comunidade Iratapuru, carne de caça cozida em leite de castanha. No entanto, ainda praticam o mesmo processo para extrair também óleo para cozinhar. Deixando o leite decantar por 12 horas, pouco a pouco, o óleo emerge e se separa da água e das partículas sólidas que ainda permanecem no líquido. Do leite coalhado, as mulheres coletam o óleo com uma colher e o utilizam para preparar pratos fritos.
Atualmente, a maioria das mulheres permanece na comunidade e os homens são aqueles que viajam para colher os frutos da castanheira e também se aventuram a preparar o leite de castanha. Este ritual não só garante força e nutrição para eles durante os dias de coleta, mas também criar grandes momentos de interação em grupo antes das refeições, durante os meses que vivem na reserva.
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