A 5 de agosto, a Natura Brasil irá orgulhosamente apresentar Xênia França aos amantes da música no Central Park, oferecendo ao público não só a sua voz, mas a energia da Bahia, o estado mais musical, artístico, místico e africano do Brasil. A 7 de agosto, ela também atuará na loja da Natura, para um público mais reduzido e num ambiente mais íntimo – é a sua primeira vez em Nova Iorque, e não pode perder.

Atualmente seguida por mais de 40 mil fãs no Instagram, gravou três álbuns com uma banda antes de lançar-se a solo, tendo recentemente lançado o seu primeiro álbum. Esta beleza de 30 anos nasceu em Candeias, uma pequena cidade com 80 mil habitantes.

Não esteve envolvida com música até sair da Bahia, mudar-se para São Paulo e fazer amizade com membros de bandas de rock. Reuniam-se para tocar guitarra e géneros como Samba e Bossa Nova. Em 2009, criou a sua banda, tornou-se aluna da Tom Jobim Music School – e, desde então, tem desempenhado um papel relevante na cena musical feminina negra. Foi um prazer ouvir esta jovem carismática, enquanto partilhava um pouco da sua história com o Blog do Brasil.

Qual é o impacto da Natura na sua carreira?

A Natura Musical apoiou a minha antiga banda, por isso, quando me tornei cantora a solo, inscrevi-me novamente para a sua audição. Não esperava ser escolhida, pois é uma competição muito renhida. Surpreendentemente, a Natura concedeu-me esta oportunidade e deu-me todo o apoio de que precisei – foi uma excelente forma de concretizar este projeto da maneira como o idealizei.

Quem são os artistas que a inspiram?

Entre os brasileiros, sempre admirei Djavan, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Margaret Menezes e Elza Soares. Quanto aos americanos, tenho um altar improvisado em casa dedicado a Michael Jackson. Ele cativou-me quando criança e, através da sua música, comecei a descobrir grandes nomes, como Quincy Jones, James Brown, Badu e Whitney Houston. Sempre adorei a música afro-americana, e Michael Jackson foi o primeiro portal para ela.

Como vê o papel da música afro-brasileira na cultura do país?

Sem a Música Negra no Brasil, nem consigo dizer o que seria a música brasileira. Toda a música brasileira deriva da sua Música Negra, originada pelos africanos que chegaram ao país como escravos. A primeira é o Samba, que abriu muitas portas para artistas como nós e nos deu a liberdade para fazer a música que nos agrada. O legado africano é o pilar da nossa cultura em geral. Não há música brasileira sem ele.

O que traz para o Brasil Summerfest no Central Park, e também para a loja da Natura Brasil?

Para o espetáculo no Central Park, escolhi as músicas com ligações mais fortes às raízes brasileiras, bem como os ritmos de fusão que influenciaram o meu último álbum e a música das Américas. Para o segundo espetáculo, que terá lugar num ambiente mais pequeno, cantarei melodias suaves.

Tem novos planos para a sua carreira?

Depois de regressar dos EUA, vou gravar dois videoclipes para o meu álbum a solo – as músicas chamam-se Nave e "Pra quem Me chama." Fora isso, vivo o presente e trabalho com o que tenho no momento. Mostrar o meu trabalho em Nova Iorque é um sonho que começou quando era pequena e via todos os filmes de Hollywood na TV – esta é a cidade mais filmada dos EUA. A pessoa que embarca no avião para Nova Iorque não é a Xênia França, mas a pequena Xeninha, que sempre quis "entrar" no ecrã da TV para estar em Nova Iorque. Mas também estou a concentrar a maior parte da minha energia no espetáculo: sinto que será único e emocionante.

Como cuida da sua voz e saúde?

É difícil manter hábitos perfeitamente saudáveis, pois viajo muito pelo Brasil e tenho algumas alergias – o ar condicionado em aviões, autocarros e carrinhas é sempre difícil de suportar. Mas bebo muita água, tomo vitaminas e tenho consultas semanais – mesmo à distância – com a minha terapeuta da fala, que me dá exercícios vocais diários para manter a voz. É crucial manter o meu sistema imunitário saudável, pois o primeiro sinal de fraqueza vai diretamente para a garganta.

Poderia partilhar as suas melhores dicas de beleza?

Todas as manhãs, lavo o rosto apenas com água e sabão, logo ao acordar. Mas há algo mais que descobri ser muito útil: espalhar óleo de coco pelo corpo todos os dias. Hidrata a minha pele, que tende a ser seca, e também remove pequenas manchas. A minha dica: depois de usar este óleo, penteie as sobrancelhas, aplique um pouco de máscara de pestanas, e está pronta para sair. Não é necessário maquilhagem. Além disso, desde pequena que uso o Óleo de Amêndoas e Cereja da Natura (Seve) – havia apenas uma garrafa em casa, foi a minha mãe que me apresentou.

Venha ver Xênia França no Brasil Summerfest a 5 de agosto, e na loja da Natura Brasil a 7 de agosto. Compre os bilhetes aqui.

Não pode ir? Desfrute da sua música na nossa playlist do Spotify.